21 de setembro de 2015

Vida em pedaços



Quão fraco sou
Fraco estou...
A fadiga e o cansaço
Tomam minha’alma

Caminhei, percorri vales.
Gritei, imergi em mares.

Corri nos campos claros e escuros desta vida
Oh vida, que se desfaz nos tempos!

Meu socorro, onde está?

Ossos corroídos pelo tempo,
Pelo desejo; querer... exercer...
Exerci força, mostrei vontade.
Impetuosidade.
Lutei com garra.

Perdi.

Caí.

Me cansei...

Sozinho fiquei,
Como em um deserto
Me senti.

Oásis, refrigério
Eu procurei...
Descanso para minh’alma
Eu busquei...

Onde está o orvalho da manhã?
A brisa do monte, da floresta, do rio?
O canto dos pássaros sussurrando em minha mente,
Fazendo-me repousar em paz e plenitude?

Alguma companhia...
Que a vida ame e compartilhe
Dos duros tempos,
Dos bons momentos?

24 de agosto de 2015

Um encontro casual.

Você, um encontro casual.
Me surgiu quando eu menos esperava.
O livro no metrô.

Sinto que ainda é pouco
Toda essa novidade,
E que ainda há de vir
Mais um pouco do novo
Que tu me mostrastes.

Eu te penso, te imagino,
Te sonho, te decifro.

Mas o fato é de se entregar nas mãos Soberanas,
Pois só elas têm o Domínio!
Ainda não te conheço por inteiro,
Quem você é? Me mostre, se acaso quiseres...

Se isso não é de ser, que se afaste claramente,
Sem brincar de me rondar, e talvez,
quando eu menos esperar, se despedir,
reluzir em outro lugar
que não seja perto de mim...

26 de fevereiro de 2015

Verbo apático

Pensar em minha feição
Pensar em afeição
Afeição que desperta no coração
Feição. Face.

O que eu represento em um sorriso.
O que um sorriso representa.
Eu apresento um olhar,
Represento um olhar,
Represento alguém.

Em um momento posso estar bem,
E em um outro,
Posso ser ninguém.

Refletir no que sou,
Refletir no que vejo,
Refletir no que sinto;
E num lampejo, num momento,
Rápido e sucinto,
Parecer ser alguém...
Bem pra você,
Mas pra mim...

Ninguém.